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domingo, 30 de novembro de 2008

Cilada


Não, não estou me referindo ao seriado protagonizado pelo Bruno Mazzeo no Multishow (e que eu adoro, aliás). Mas, para muita gente, andar de elevador é uma cilada.

Quando a porta se fecha e o cubículo começa a se mover, muitas pessoas passam por momentos de agonia no decorrer da ´´viagem´´.

Nunca tive e - convenhamos - nem posso ter medo de andar de elevador. Ele é um dos principais meios de locomoção para um deficiente em prédios. E, na minha vida, há um detalhe em particular: eu moro no SEXTO andar de um prédio. Resumindo: as viagens de elevador são praticamente diárias.

Entrei para a faculdade de jornalismo em 2007. Quando cheguei lá, percebi que a instituição onde estudo não estava preparada para receber portadores de deficiência. A universidade providenciou algumas adaptações ao longo do meu primeiro ano de curso, como por exemplo, reformou um dos banheiros, implantando barras de ferro e, o principal, construiu uma rampa, que me possibilita ir do primeiro andar para o térreo e vice-versa.

Mas o processo de adaptação na faculdade ainda não está concluído. Na instituição onde eu estudo, há dois prédios: um abriga as salas de aula, sala de informática, etc. O outro abriga os estúdios de fotografia, televisão e rádio, que auxiliam nas aulas práticas. O prédio onde se localizam os estúdios possui cerca de 4 andares. E justamente o objeto principal deste post é o que não existe nele: o elevador. Isso me impede de ter livre acesso ao estúdio de rádio e à parte técnica do estúdio de TV. Sem contar que atravessar a avenida para chegar à este prédio também é uma grande cilada.

Após várias conversas com a chefia do departamento (de comunicação social, onde eu estudo) e a mobilização dos meus colegas, que foi feita em forma de abaixo-assinado, a universidade prometeu à mim que o elevador estará instalado até o começo do ano que vem.

Veremos o que vai acontecer...

*Foto: Google Imagens

5 comentários:

Fábio Cassiano disse...

E aí Rodrigo!

A falta que um elevador faz em nossa vida é realmente grande! Na Univap eu senti falta de um elevador,pq tinha um laboratório de criação no terceiro andar de um dos prédios, aí eu tinha que ficar de fora. No segundo ano, quando mudei de cadeira, para uma mais pesada, nem tinha como arriscar subir... Mas no quesito rampas, foi excelente, a Univap até criou uma rampona que dava no andar debaixo, na biblioteca. A sensação que tive ao entrar pela primeira vez na biblioteca foi ótima - pra mim era um sonho conhecer como era e depois passei a frequentá-la e pessoalmente alugar os livros necessários para meu estudo! No ultimo ano, o laboratório foi para o térreo...

Já na UNIP, tem 2 elevadores que funcionam e por ser um prédio que tem um estilo de shopping é bem acessível por dentro... O problema que tenho é por fora: a vaga deficiente é do outro lado da rua, sem área coberta! E quando chove complica... É engraçado que só peço uma coberturinha e ninguem me atende rsrs

Mas vou insistir, que eu sou cadeirante e não desisto nunca!

Até mais,
abraço.

Evandro disse...

Um absurdo RODRIGO!!
No mínimo um desconto na mensalidade vc teria que receber, já que não pode usufruir 100% do curso.
Vamo que vamo, que as coisas vão mudando!!

Anônimo disse...

Olá Rodrigo,

Descobri seu blog, quando 'passeava' pelo Blog do Jairo. Achei legal seu blog. Sabe admiro muito você e sua mãe, pela garra e determinação. É um absurdo a questão do elevador. Espero que até o ano que vem realmente seja cumprida a promessa do elevador no departamento. Sabe você é um grande exemplo a todos que fazem Jornalismo na Unitau. Acho que não contei a você. Decidi que meu TCC será perfis de pessoas com necessidades especiais. Com certeza foi olhando sua experiência na Unitau que tive a idéia do tema. Vou continuar lendo seu blog. Parabéns!

Tancy Costa

Rodrigo Almeida disse...

Tancy, fico muito feliz em saber que, de certo modo, te ´´ajudei´´ na escolha do tema do seu TCC. Bjs.

Rodrigo Almeida disse...
Este comentário foi removido pelo autor.